Salve Jegue

Abate de jumentos, do risco à biossegurança à questão judicial

21 de julho de 2022

Patrícia Tatemoto
PhD pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, é coordenadora de campanha nas Américas na The Donkey Sanctuary

Publicado em: 21/07/2022 03:00 Atualizado em: 21/07/2022 01:45

Em 2019, participei de uma apreensão de 800 jumentos em um “cenário de guerra” — disse um dos servidores públicos do órgão de defesa agropecuária do estado da Bahia. Animais morrendo todos os dias, pois nem sequer alimentação era fornecida. Pessoas em condição de trabalho análogo à escravidão. Doenças de notificação obrigatória, negligenciadas; rastreabilidade inexistente. Uma prática cruel e indefensável, sobretudo em um país com inegável vocação agrícola.

Somente em 2021, mais de 64 mil jumentos foram abatidos oficialmente no Brasil. Todos com um destino certo: exportação. Da pele do animal é extraído o colágeno, que serve para a produção do ejiao, um produto da medicina tradicional chinesa. A carne é um subproduto e segue para o Vietnã. A atividade é claramente extrativista: representa um risco real não só para a população do animal, mas para a saúde pública.

Clique aqui para ler a matéria completa no site