Protegendo as Populações de Jumentos
A proposta de proibição, defendida pela organização internacional The Donkey Sanctuary, congressistas brasileiros nacionais e estaduais, Conselho Regional de Medicina Veterinária e setor de produção agrícola, surge em um momento crítico. As populações de jumentos no Brasil e no mundo enfrentam uma ameaça sem precedentes devido ao comércio de pele de jumentos.
Os jumentos estão sendo abatidos a uma taxa insustentável para atender à demanda por ejiao, um medicamento tradicional chinês feito a partir de peles de jumentos.
Progresso em Direção à Proibição
Um projeto de lei para proibir o abate de jumentos e cavalos já foi aprovado tanto nas Comissões de Agricultura quanto nas Comissões de Meio Ambiente do Congresso Nacional, e aguarda votação pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Essa lei reconhece a importância cultural e econômica dos jumentos na sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que aborda a necessidade urgente de proteger esses animais de práticas cruéis e insustentáveis.
Saiba mais sobre o histórico do comércio de pele de jumentos e o impacto no Brasil
Impacto Internacional
Ao implementar essa proibição, o Brasil se juntaria a um movimento crescente em toda a África e outras regiões para acabar com o comércio de pele de jumentos.
No início deste ano, todos os estados membros da União Africana concordaram com uma moratória sobre o abate de jumentos com o objetivo de exportar suas peles e outros produtos pelos próximos 15 anos.
Liderança Global
Como anfitrião da cúpula do G20 em 2024, o Brasil ocupa uma posição para demonstrar liderança global em bioeconomia, bem-estar animal e preservação de espécies.
A legislação proposta representa um passo significativo para acabar com uma prática que ameaça o compromisso do Brasil com a bioeconomia, o bem-estar animal e os meios de subsistência rurais. A ação do Brasil nessa questão durante o G20 enviaria uma mensagem poderosa sobre os valores do país e seu compromisso com a cidadania global responsável.